sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Sobre os TPC´s
A propósito deste post da AvoGI, deixei o seguinte comentário:
"Eu e os meus irmãos frequentamos o Externato Nun'Alvares, o qual nos deixou muitas saudades. Lá o sistema era o seguinte: aulas até às 16h30 e depois, opcionalmente, havia o que chamávamos de "estudo". Se os pais assim o quisessem, os filhos ficavam depois das 16h30 numa sala onde estava uma professora e lá fazíamos os trabalhos de casa. Depois de terminados íamos brincar no recreio. A professora dava um apoio sempre que necessário. Com esse sistema, eu e os meus irmãos ganhamos o hábito de não depender de ajuda para os TPC's (lembro-me de pensar sempre que aquilo era suposto EU saber fazer) e também de fazer os TPC's logo que saísse da escola para ficar livre. Os TPC's sempre foram pequenos exercícios sobre aquilo que tínhamos estudado durante o horário escolar e nunca me lembro de ficar cansada de os fazer. Era uma consolidação da matéria dada, um controle para saber se estávamos a acompanhar...Mais tarde lembro-me de apanhar professores que já abusavam um pouco dos TPC's, fosse pelos programas impossíveis de cumprir ou então com a intenção de nos desafiar. Isto tudo para dizer que concordo consigo: devem haver TPC's, com peso e medida. Como pais devemos supervisionar se os TPC's estão feitos e se são em exagero. Se notar que os meus filhos têm dificuldade em fazê-los suponho que o melhor será falar com a professora para tentar perceber porquê. Oxalá consiga fazer isto sempre. E há outra questão: as actividades extras da criançada, que muitas vezes são o principal motivo de cansaço dos meninos! Enfim, tem que haver peso e medida em tudo, mas primeiro está a escola - a nossa formação básica. "
Nem me tinha dado conta de como ficou tão grande o comentário que se quer pequeno...! Pobre AvoGi, a dar tempo de antena a esta falastrona :)
Mas lembrei-me de outra coisa engraçada, que isto é assim mesmo: todos os sistemas têm falhas.
Houve uma ocasião em que não houve "estudo", não sei se por doença da professora que nos acompanhava, se por motivo de obras na escola, enfim, sei que às 16h30 em vez do estudo íamos para casa da minha avó, onde o sistema seria o mesmo: fazer os trabalhos, depois brincar.
Ora calhou que eu andasse a aprender as contas de dividir. Também calhou de eu não atremar aquilo como deve de ser. Chegou a hora do TPC e eu fingi que fiz e a minha avó, presa aos seus afazeres, não deu conta. Já não sei como, na escola, safei-me também. Estava radiante! Pensei: vou passar a minha vida toda sem fazer contas de dividir, que bom! (Mal sabia eu que ia fazer contas para ganhar a vida...)
Claro que fui apanhada uns dias depois...pela minha avó. Que ainda por cima era professora primária!
Não me ralhou muito. Ensinou-me com muita paciência as tais contas de dividir - ensinou-me um método que ainda hoje utilizo. Percebi, pela primeira vez, o conceito de enganar-se a si próprio e que não compensa... lembro-me também de passar a olhar para ela como uma aliada :)
Os meus pais e a professora nunca souberam.
Saudades da minha avó :)
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Cheguei e adorei as palavras da formaçáo para a vida.
ResponderEliminarBendita avó, a tua, por aqui tratamo-nos por tu.
Novamente felicidades e coloca no esquemaos seguidores auero serr a pri eira a seguir-te
Kiks=:)
Feito!
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